História da Broa de Avintes
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História da Broa de Avintes
História antiga
Esta iguaria tornou-se mesmo no ex-líbris da vila que lhe dá o nome e é testemunho da sua história económica e cultural. Já no século XVIII que a principal actividade económica de Avintes consistia na moagem de cereais, nos moinhos do Rio Febros. Inocêncio Osório Lopes Gondim, em "Avintes e Suas Antiguidades" refere elevados níveis de produção já em 1747, ano em que a vila produzia cerca de 96 carros de broa por semana para consumo na região - número que já ascendia a 300 carros no início do século XIX, dando trabalho a mais de cinquenta padeiros que detinham o monopólio da sua produção. Durante as invasões francesas (1809), enquanto todas as outras localidades eram devastadas nos seus meios de produção pelas tropas estrangeiras, Avintes viu-se protegida para que a broa, como alimento básico do povo de Vila Nova de Gaia e do Porto, continuasse a produzir.
Em 1854, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia impôs a comercialização da broa a peso, medida que desagradou aos padeiros da vila, que responderam com uma greve generalizada que afectou grandemente a população de Gaia, que já tornara a broa no seu alimento básico. Como consequência, a cidade teve de fazer os seus próprios fornos, de forma independente.
História recente
Hoje em dia, a broa de Avintes é produzida mesmo fora da freguesia e com materiais de origem industrial. Os antigos moinhos de Avintes deixaram de ter relevância económica, contudo, a bem da tradição, o povo de Avintes tem mantido a sua produção artesanal, o que é sobejamente apreciado por consumidores que cada vez mais procuram produtos genuinamente tradicionais.
O fazer e o comer
Ligados à sua produção estão os chamados "segredos" que, existindo ou não, residirão com certeza, no conhecimento de experiência feito dos panificadores de Avintes, bem como na escolha criteriosa dos materiais utilizados. Subsistem, também, algumas superstições relacionadas com a amassadura e cozedura, envolvendo rezas, como acontece, aliás, no resto de Portugal quando se faz pão à moda antiga.
Pode também ser servida frita - por exemplo, por altura do Natal, é uma das comidas típicas em alguns lares nortenhos. É ainda utilizada como base para diversas entradas, como coentros com broa de Avintes. É particularmente apreciada com presunto (de preferência, também produzido artesanalmente) e com caldo verde.
A Festa e a Confraria
Todos os anos, na última semana de Agosto, a vila celebra, desde 1988, a festa da broa. Formou-se, entretanto, uma confraria para defender o produto que se encontra em processo de certificação oficial e internacionalização.
Esta iguaria tornou-se mesmo no ex-líbris da vila que lhe dá o nome e é testemunho da sua história económica e cultural. Já no século XVIII que a principal actividade económica de Avintes consistia na moagem de cereais, nos moinhos do Rio Febros. Inocêncio Osório Lopes Gondim, em "Avintes e Suas Antiguidades" refere elevados níveis de produção já em 1747, ano em que a vila produzia cerca de 96 carros de broa por semana para consumo na região - número que já ascendia a 300 carros no início do século XIX, dando trabalho a mais de cinquenta padeiros que detinham o monopólio da sua produção. Durante as invasões francesas (1809), enquanto todas as outras localidades eram devastadas nos seus meios de produção pelas tropas estrangeiras, Avintes viu-se protegida para que a broa, como alimento básico do povo de Vila Nova de Gaia e do Porto, continuasse a produzir.
Em 1854, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia impôs a comercialização da broa a peso, medida que desagradou aos padeiros da vila, que responderam com uma greve generalizada que afectou grandemente a população de Gaia, que já tornara a broa no seu alimento básico. Como consequência, a cidade teve de fazer os seus próprios fornos, de forma independente.
História recente
Hoje em dia, a broa de Avintes é produzida mesmo fora da freguesia e com materiais de origem industrial. Os antigos moinhos de Avintes deixaram de ter relevância económica, contudo, a bem da tradição, o povo de Avintes tem mantido a sua produção artesanal, o que é sobejamente apreciado por consumidores que cada vez mais procuram produtos genuinamente tradicionais.
O fazer e o comer
Ligados à sua produção estão os chamados "segredos" que, existindo ou não, residirão com certeza, no conhecimento de experiência feito dos panificadores de Avintes, bem como na escolha criteriosa dos materiais utilizados. Subsistem, também, algumas superstições relacionadas com a amassadura e cozedura, envolvendo rezas, como acontece, aliás, no resto de Portugal quando se faz pão à moda antiga.
Pode também ser servida frita - por exemplo, por altura do Natal, é uma das comidas típicas em alguns lares nortenhos. É ainda utilizada como base para diversas entradas, como coentros com broa de Avintes. É particularmente apreciada com presunto (de preferência, também produzido artesanalmente) e com caldo verde.
A Festa e a Confraria
Todos os anos, na última semana de Agosto, a vila celebra, desde 1988, a festa da broa. Formou-se, entretanto, uma confraria para defender o produto que se encontra em processo de certificação oficial e internacionalização.
Mestre da Culinária- Moderador
- Mensagens : 535
Data de inscrição : 03/03/2008
Re: História da Broa de Avintes
A broa de Avintes é uma referência no nosso país.
Com uma sardinhada caí mesmo bem!
Com uma sardinhada caí mesmo bem!
Chef Almeida- Mensagens : 132
Data de inscrição : 28/02/2008
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