História sobre o aparecimento do Leitão
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História sobre o aparecimento do Leitão
História sobre o aparecimento do Leitão
É dado adquirido o leitão assado no forno de lenha ser oriundo de Aguada de Cima.
Há largas dezenas de anos, um homem que tinha umas hortas no Garrido e vivia na Miragaia, começou a assar uns leitõezitos, que vendia de porta em porta aos quilos.
Apareceu depois o António, conhecido pelo António Morcego, que começou também a assar leitão, especialmente por ocasião das Almas da Areosa e outras festas religiosas, sob encomenda, e depois aos domingos, para quem lhe pedisse.
A partir daí, aparece o Patuá, no Sardão, ou seja o falecido Ricardo Madeira, e logo a seguir o seu irmão Arsénio, na Miragaia (em Aguada de Cima).
PATUÁ: O Ricardo Madeira foi o “conservador” do leitão, pois naquele tempo, sempre que alguém, à semana ou domingo desejasse comer leitão, o Patuá tinha sempre, em redoma de rede ou vidro, para estar quentinho e sem moscas. Só mais tarde apareceu, na Mealhada, o Pedro, conhecido pelo Pedro dos Leitões, que tendo vinho sempre fresco no poço, começou, com o cunhado, também a assar uns leitões. Como a Mealhada está num ponto estratégico da Bairrada e Termas do Luso e Curia, portanto com portas viradas para um turismo de massas, foi com faculdade que os discipulos do Pedro, fundaram, à beira da estrada Porto--Lisboa-Bussaco, restaurantes porta-sim, porta-sim, e como o leitão já tinha cartaz além--fronteiras, em vez de o irem a Aguada de Cima comer, quedaram-se pela Mealhada, onde o leitão já era “irmão” do de Aguada de Cima. Agora há um facto, é que enquanto na Mealhada apareceram 20 ou 30 restaurantes a “copiar” aquilo que não era nosso, em Águeda só 3 ou 4 restaurantes ficaram a vender e servir um bom leitão, como o Vidal, nas Almas da Areosa, o João na Piedade, ou outro em Assequins, e pouco mais.
PRATOS LOCAIS: A restauração de Águeda é abundante, mas em vez de servir o que é regional, como o leitão, a cabidela de leitão, a chanfana de borrego, o peixe da pateira, copiaram os pratos importados - os churrascos, as picanhas, as pizzas etc.
Hoje, nos restaurantes de Águeda, que não souberam inovar, perdeu-se o leitão e não se soube criar pratos que os vizinhos não chamassem seus. Hoje, quem quer uma boa vitela tem de ir a Sever do Vouga, quem quer um bom cabritos tem de ir a Mortágua, até no tempo da lampreia, quem a quer boa tem de a ir comprar a Cacia e comer a Sever do Vouga ou Penacova.
BONS PRODUTOS: O concelho de Águeda tem condições para ser um paraízo na restauração, evitando que as suas gentes saiam para fora, para comer, pratos que não sejam só churrascxos, picanhas, etc., pois dispõe dos melhores produtos ou, pelo menos, tem-os em igualdade com outras terras, onde a culinária é considerada uma arte de saber apresentar sabores e aromas.
Eu entendo que a culinária, com raras excepções no concelho, precisa da introdução de um certo saber, um certo interesse em apresentar novos sabores e uma certa dedicação, pois trata-se de uma arte hoje já bem remunerada, que ocupa uma certa mão de obra já bem na vida e, acima de tudo, com emprego ou ocupação assegurada. Sabe-se que nem sempre a nossa restauração tem sido bem acarinhada pelas autoridades responsáveis e nem o pessoal que a serve está convenientemente preparado.
Espera-se por uma melhor compreensão no futuro e dedicação da classe, para além do das autoridades responsáveis.
É dado adquirido o leitão assado no forno de lenha ser oriundo de Aguada de Cima.
Há largas dezenas de anos, um homem que tinha umas hortas no Garrido e vivia na Miragaia, começou a assar uns leitõezitos, que vendia de porta em porta aos quilos.
Apareceu depois o António, conhecido pelo António Morcego, que começou também a assar leitão, especialmente por ocasião das Almas da Areosa e outras festas religiosas, sob encomenda, e depois aos domingos, para quem lhe pedisse.
A partir daí, aparece o Patuá, no Sardão, ou seja o falecido Ricardo Madeira, e logo a seguir o seu irmão Arsénio, na Miragaia (em Aguada de Cima).
PATUÁ: O Ricardo Madeira foi o “conservador” do leitão, pois naquele tempo, sempre que alguém, à semana ou domingo desejasse comer leitão, o Patuá tinha sempre, em redoma de rede ou vidro, para estar quentinho e sem moscas. Só mais tarde apareceu, na Mealhada, o Pedro, conhecido pelo Pedro dos Leitões, que tendo vinho sempre fresco no poço, começou, com o cunhado, também a assar uns leitões. Como a Mealhada está num ponto estratégico da Bairrada e Termas do Luso e Curia, portanto com portas viradas para um turismo de massas, foi com faculdade que os discipulos do Pedro, fundaram, à beira da estrada Porto--Lisboa-Bussaco, restaurantes porta-sim, porta-sim, e como o leitão já tinha cartaz além--fronteiras, em vez de o irem a Aguada de Cima comer, quedaram-se pela Mealhada, onde o leitão já era “irmão” do de Aguada de Cima. Agora há um facto, é que enquanto na Mealhada apareceram 20 ou 30 restaurantes a “copiar” aquilo que não era nosso, em Águeda só 3 ou 4 restaurantes ficaram a vender e servir um bom leitão, como o Vidal, nas Almas da Areosa, o João na Piedade, ou outro em Assequins, e pouco mais.
PRATOS LOCAIS: A restauração de Águeda é abundante, mas em vez de servir o que é regional, como o leitão, a cabidela de leitão, a chanfana de borrego, o peixe da pateira, copiaram os pratos importados - os churrascos, as picanhas, as pizzas etc.
Hoje, nos restaurantes de Águeda, que não souberam inovar, perdeu-se o leitão e não se soube criar pratos que os vizinhos não chamassem seus. Hoje, quem quer uma boa vitela tem de ir a Sever do Vouga, quem quer um bom cabritos tem de ir a Mortágua, até no tempo da lampreia, quem a quer boa tem de a ir comprar a Cacia e comer a Sever do Vouga ou Penacova.
BONS PRODUTOS: O concelho de Águeda tem condições para ser um paraízo na restauração, evitando que as suas gentes saiam para fora, para comer, pratos que não sejam só churrascxos, picanhas, etc., pois dispõe dos melhores produtos ou, pelo menos, tem-os em igualdade com outras terras, onde a culinária é considerada uma arte de saber apresentar sabores e aromas.
Eu entendo que a culinária, com raras excepções no concelho, precisa da introdução de um certo saber, um certo interesse em apresentar novos sabores e uma certa dedicação, pois trata-se de uma arte hoje já bem remunerada, que ocupa uma certa mão de obra já bem na vida e, acima de tudo, com emprego ou ocupação assegurada. Sabe-se que nem sempre a nossa restauração tem sido bem acarinhada pelas autoridades responsáveis e nem o pessoal que a serve está convenientemente preparado.
Espera-se por uma melhor compreensão no futuro e dedicação da classe, para além do das autoridades responsáveis.
Mestre da Culinária- Moderador
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