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Quaresma - Jejum/Abstinência

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Mensagem  Mestre da Culinária Seg 23 Fev 2009, 15:41

Quaresma - Jejum/Abstinência

Para algumas pessoas não é compreensível a necessidade deste jejum/Abstinência de qualquer consumo.
A verdade é que a abstinência desde sempre tem sido fundamental ao longo de gerações, por um lado para garantir um determinado equilíbrio mental e espiritual, por outro para que possamos dar o verdadeiro valor que as coisas têm.
Hoje em dia é comum que crianças tenham tudo ao seu alcance. O não saber o que é não ter é prejudicial.
O abster-se de comida e bebida tem como fim, esse equilíbrio, mas também a tentativa de nos desligar da “atitude consumista” a que cada vez mais estamos expostos.
Hoje ao falar de jejuar, não o encaro como o não comer, não beber, ou não comer determinado tipo de alimento. Penso antes numa abstinência de meios de consumo, de estímulos. Abster-se de algo.
Hoje em dia e para muitos praticantes são considerados como dias de jejum e abstinência a Quarta-Feira de Cinzas e a Sexta-Feira Santa. Os que levam esta prática mais a sério, seguem este rito todas as sextas-feiras do período da Quaresma.

Nos últimos anos foi decidido que cada país decidiria as abstinências para as suas Diocéses, de acordo com a sua cultura.

Em Portugal, adquiriu-se o uso da abstinência pela não ingestão de carne nos dias de jejum. De facto, o documento episcopal assim o prevê. Mas para sermos justos com nós próprios, devemos interpretar tal frase como no direito: Não levando à letra, tendo em conta o âmbito e o contexto da Lei.
Em Portugal, segundo nos contam maioria dos avós - pais, viveram-se muitos anos em que a carne era o alimento mais caro e raro da alimentação duma família. Muitas vezes, a carne era só para o chefe da casa. E nesse contexto faria sentido. Por outro lado, há muitas pessoas que não gostam de peixe e será uma penitência o seu consumo.

Transcrevo por achar interessante os pontos 4 a 6 das normas estabelecidas em Julho de 1984 na Conferência Episcopal Portuguesa:

4.A abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre. A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne. Será muito aconselhável manter-se esta forma de abstinência, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma. Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo mais requintados e dispendiosos ou da especial preferência de cada um.

Contudo, devido à evolução das condições sociais e do género de alimentação, aquela concretização pode não bastar para praticar a abstinência como acto penitencial. Lembrem-se os fiéis de que o essencial do espírito de abstinência é o que dizemos acima, ou seja, a escolha de uma alimentação simples e pobre e a renúncia ao luxo e ao esbanjamento. Só assim a abstinência será privação e se revestirá de carácter penitencial.

Determinações relativas ao jejum e à abstinência
5.O jejum e a abstinência são obrigatórios em Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa.

6.A abstinência é obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades. Esta forma de penitência reveste-se, no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.
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