Vianense volta a adoçar

Terça-feira, 14 de Março de 2006

Avianense volta a adoçar

Miguel Rodrigues
Ao fim de cerca de dois anos, o Imperador, bombom de chocolate ex-líbris da
fábrica Avianense, regressou ao mercado. A comercialização iniciou-se há duas
semanas, para gáudio dos amantes daquela guloseima, que foi produzida pela
primeira vez há perto de 70 anos.
A renovada Avianense começou com a produção de cevada, e actualmente com sete funcionários, a fábrica está a
produzir, em média, 350 quilos por dia de imperadores. "Em duas semanas é muito bom, mas o objectivo imediato é
chegar aos 500 quilos por dia. Quantidade que obrigará ao reforço do pessoal", possibilidade que Luciano Costa vê com
agrado.
"Estamos a começar devagar. As condições do mercado não são as melhores, mas não podemos ser pessimistas. Foi
por isso que decidi tomar conta d'Avianense e cumprir a promessa de repor a produção do Imperador", disse Luciano
Costa, o empresário que adquiriu a fábrica após ter falido, colocando um interregno no fabrico de chocolate iniciado em
1914.
Um património com mais 90 anos que caiu nas mãos de Luciano Costa "Tenho noção do que simboliza Avianense e isso
faz-me compreender que o sucesso não será imediato, mas sim a médio e longo prazo. Daqui a dez anos, espero ter o
galardão por estar no topo nacional".
Para isso, o esforço terá que "passar pela colocação no mercado de outros produtos, como os bombons ou os quadrados
com o verdadeiro chocolate do tempo dos dez réis, uma autêntica memória colectiva. Acho que todos nos lembramos do
pão com dois quadradinhos que levávamos para o lanche, na escola primária", salienta Luciano Costa.
"As receitas, um verdadeiro património d'Avianense, são as mesmas, mas acho que conseguimos melhorar a qualidade
do produto final", afirma o empresário, que diz ainda recorrer às mesmas máquinas que laboravam na antiga fábrica, com
cerca de 70 anos, tantos como o Imperador, que agora surge com novo fôlego. E por falar em receitas, a de degustação
do Imperador é dada pelo próprio empresário, que admite ser um "pouco guloso e comer chocolate de mais". Segundo
Luciano Costa, "deve-se meter o bombom todo na boca e deixar que derreta durante alguns segundos, para, depois, se
trincar a amêndoa no interior".
Com o retorno do Imperador, as vendas começam a subir uma tonelada nas duas primeiras semanas. "Os destinos
principais, por agora, foram Lisboa, Porto, Braga, Barcelos e Viana do Castelo, que está a receber de braços abertos o
produto, dada a afinidade que existe com Avianense", revela Luciano Costa. A imagem de marca do Imperador mantémse.
"Talvez daqui a algumas décadas se possa mudar, mas por agora quis manter como estava, pois as pessoas têm
bem presente a imagem do Imperador", considerou.
Os imperadores regressam em embalagens que vão das três às 96 unidades. Para venda avulso, entrará no mercado a
caixa com um quilo e meio. Luciano Costa garante que "a nova geração de imperadores chegará aos consumidores com
um preço ligeiramente mais baixo".

Bombons Avianense... Que saudades!
São os melhores bombons do mundo e acreditem que tenho uma vasta experiência no assunto.
Alguém sabe onde se podem comprar?
Já há alguns anos que não os encontro à venda.
Não estou a falar dos bombons Imperador pois desses já tenho visto e degustado (claro!) mas não sou grande apreciador. Prefiro os bombons com recheio, embrulhados na "prata" colorida e apresentados numa caixa de papel com a gravura de obras de pintores portugueses. Também havia a versão "pobrezinha" embalada num saco de plástico mas nem essa tenho encontrado.

Já enviei e-mail para lá!
Vamos ver se há resposta.