Avianense renasce em Durrães
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Avianense renasce em Durrães
Avianense renasce em
Durrães
Encerrada há um ano após ter sido
decretada a falência, a quase centenária
Fábrica de Chocolates Avianense vai ser
reactivada ainda este mês, em Durrães,
nas antigas instalações de uma empresa
de confecções. A refundação da
emblemática fábrica de chocolates
acontece pelas mãos do empresário
barcelense Luciano Costa, que fez a
melhor proposta para a compra dos bens
arrestados pelo Tribunal e está agora
apostado em recuperar a marca e toda a
produção da antiga Avianense.
Mais que um “sonho”, diz Luciano Costa, a abertura da antiga fábrica de chocolates é também um “desafio”
atendendo à situação económica que o país atravessa. Nos últimos dias, contou ao Jornal de Barcelos, foram já
muitas as pessoas que o procuraram a pedir-lhe emprego. “Infelizmente”, apenas pôde dizer que sim a “três ou
quatro”, tantas quantas vão trabalhar de início na fábrica de chocolates. À medida que a produção e a
variedade dos produtos forem aumentando, aumentará também o quadro do pessoal, até porque, explica
Luciano Costa, “as despesas têm que ser bem controladas”. O empresário mostra-se, no entanto, esperançado
e convicto de que a sua estratégia garantirá o sucesso da “nova” Avianense: “o que me interessa é a qualidade
para ganhar mercado”.
As propostas para a aquisição dos bens da Avianense foram feitas em carta fechada e os resultados conhecidos
há pouco mais de um mês. Luciano Costa não esconde a satisfação por ter ganho, desde logo porque
“aparecem bastantes propostas”, depois, porque a sua oferta excedeu em pouco mais de cem euros a do
segundo proponente. De então para cá, todo o equipamento da Avianense tem estado a ser transportado aos
poucos para as antigas instalações da Dias Têxtil, em Durrães, um espaço com mais de 600 metros quadrados
(incluindo escritórios) localizado no centro da freguesia, e onde Luciano Costa “já tinha ideia de instalar
qualquer coisa”.
Como o Jornal de Barcelos pôde confirmar no local, algum do equipamento já começou a ser montado naquela
que será a nova sede da Avianense. O moinho e o torrador de grão, por exemplo, já estão instalados, faltando
apenas concluir a parte eléctrica. Por isso, assegura Luciano Costa, no final do mês já haverá cevada a granel e
em “meados de Agosto” algum stock devidamente embalado e rotulado. E para garantir a qualidade deste
produto – recorde-se que a cevada Avianense assumiu um lugar de destaque entre os consumidores – o
empresário já assegurou que a torrefacção será feita pelo mesmo funcionário que até Setembro do ano
passado, altura em que foi decretada a falência, trabalhava na Avianense.
A segunda fase da instalação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, assim que entrar em
funcionamento a produção de chocolate. Será por esta altura que o célebre bombom “Imperador”, um
chocolate recheado com amêndoa, voltará a ser comercializado. Luciano Costa disse ao Jornal de Barcelos que
faz questão de recuperar a produção do prestigiado bombom, da pasta de chocolate, assim como de algumas
fantasias de Natal que a Avianense sempre produziu. “Não toda a gama, para já, mas pelo menos alguma
coisa”, referiu.
Os últimos dias da Avianense
Fundada em 1914, a falência da Fábrica de Chocolates Avianense foi decretada pelo Tribunal Judicial de Viana
do Castelo em 29 de Setembro do ano passado. Desde finais de 2003 que a empresa enfrentava um processo
de recuperação financeira, mas esta última tentativa para reanimar a Avianense não produziu quaisquer
resultados. As dívidas, essas, rondavam os 2,1 milhões de euros. Na altura, o gestor judicial da empresa
chegou mesmo a dizer que “por muito que trabalhasse”, a Avianense “não conseguiria libertar fundos para
pagar tudo”, incluindo as despesas correntes.
Algum dias antes de ter sido decretada a falência (proposta pelo gestor judicial da empresa), a Avianense
interrompeu a produção por falta de matéria-prima. Não mais voltou a ser produzido chocolate. Para os 48
trabalhadores que ali trabalhavam – no início este número rondava a centena –, aproximava-se o dia do
veredicto final: ser-lhes-ia comunicado que estavam desempregados. Ainda assim, mantiveram alguma
esperança, até porque falava-se que existia “alguém” interessado em adquirir a fábrica bem como em contratar
todos os seus trabalhadores. Não passou de um boato.
Menos de um anos depois, é Luciano Costa quem assume o encargo de devolver a dignidade e o prestígio a
uma marca que ainda está muito vincada na memória dos portugueses. É o regresso da Fábrica de Chocolates
Avianense.
Durrães
Encerrada há um ano após ter sido
decretada a falência, a quase centenária
Fábrica de Chocolates Avianense vai ser
reactivada ainda este mês, em Durrães,
nas antigas instalações de uma empresa
de confecções. A refundação da
emblemática fábrica de chocolates
acontece pelas mãos do empresário
barcelense Luciano Costa, que fez a
melhor proposta para a compra dos bens
arrestados pelo Tribunal e está agora
apostado em recuperar a marca e toda a
produção da antiga Avianense.
Mais que um “sonho”, diz Luciano Costa, a abertura da antiga fábrica de chocolates é também um “desafio”
atendendo à situação económica que o país atravessa. Nos últimos dias, contou ao Jornal de Barcelos, foram já
muitas as pessoas que o procuraram a pedir-lhe emprego. “Infelizmente”, apenas pôde dizer que sim a “três ou
quatro”, tantas quantas vão trabalhar de início na fábrica de chocolates. À medida que a produção e a
variedade dos produtos forem aumentando, aumentará também o quadro do pessoal, até porque, explica
Luciano Costa, “as despesas têm que ser bem controladas”. O empresário mostra-se, no entanto, esperançado
e convicto de que a sua estratégia garantirá o sucesso da “nova” Avianense: “o que me interessa é a qualidade
para ganhar mercado”.
As propostas para a aquisição dos bens da Avianense foram feitas em carta fechada e os resultados conhecidos
há pouco mais de um mês. Luciano Costa não esconde a satisfação por ter ganho, desde logo porque
“aparecem bastantes propostas”, depois, porque a sua oferta excedeu em pouco mais de cem euros a do
segundo proponente. De então para cá, todo o equipamento da Avianense tem estado a ser transportado aos
poucos para as antigas instalações da Dias Têxtil, em Durrães, um espaço com mais de 600 metros quadrados
(incluindo escritórios) localizado no centro da freguesia, e onde Luciano Costa “já tinha ideia de instalar
qualquer coisa”.
Como o Jornal de Barcelos pôde confirmar no local, algum do equipamento já começou a ser montado naquela
que será a nova sede da Avianense. O moinho e o torrador de grão, por exemplo, já estão instalados, faltando
apenas concluir a parte eléctrica. Por isso, assegura Luciano Costa, no final do mês já haverá cevada a granel e
em “meados de Agosto” algum stock devidamente embalado e rotulado. E para garantir a qualidade deste
produto – recorde-se que a cevada Avianense assumiu um lugar de destaque entre os consumidores – o
empresário já assegurou que a torrefacção será feita pelo mesmo funcionário que até Setembro do ano
passado, altura em que foi decretada a falência, trabalhava na Avianense.
A segunda fase da instalação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, assim que entrar em
funcionamento a produção de chocolate. Será por esta altura que o célebre bombom “Imperador”, um
chocolate recheado com amêndoa, voltará a ser comercializado. Luciano Costa disse ao Jornal de Barcelos que
faz questão de recuperar a produção do prestigiado bombom, da pasta de chocolate, assim como de algumas
fantasias de Natal que a Avianense sempre produziu. “Não toda a gama, para já, mas pelo menos alguma
coisa”, referiu.
Os últimos dias da Avianense
Fundada em 1914, a falência da Fábrica de Chocolates Avianense foi decretada pelo Tribunal Judicial de Viana
do Castelo em 29 de Setembro do ano passado. Desde finais de 2003 que a empresa enfrentava um processo
de recuperação financeira, mas esta última tentativa para reanimar a Avianense não produziu quaisquer
resultados. As dívidas, essas, rondavam os 2,1 milhões de euros. Na altura, o gestor judicial da empresa
chegou mesmo a dizer que “por muito que trabalhasse”, a Avianense “não conseguiria libertar fundos para
pagar tudo”, incluindo as despesas correntes.
Algum dias antes de ter sido decretada a falência (proposta pelo gestor judicial da empresa), a Avianense
interrompeu a produção por falta de matéria-prima. Não mais voltou a ser produzido chocolate. Para os 48
trabalhadores que ali trabalhavam – no início este número rondava a centena –, aproximava-se o dia do
veredicto final: ser-lhes-ia comunicado que estavam desempregados. Ainda assim, mantiveram alguma
esperança, até porque falava-se que existia “alguém” interessado em adquirir a fábrica bem como em contratar
todos os seus trabalhadores. Não passou de um boato.
Menos de um anos depois, é Luciano Costa quem assume o encargo de devolver a dignidade e o prestígio a
uma marca que ainda está muito vincada na memória dos portugueses. É o regresso da Fábrica de Chocolates
Avianense.
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